Há duas interpretações sobre a composição físico-espiritual do homem. A
primeira, defendida pelos “tricotomistas”, diz ser o homem formado de
corpo, alma e espírito. A segunda, a dos “dicotomistas”, sustenta que o
homem possui apenas corpo e alma, sendo esta dividida em duas substâncias: a
alma propriamente dita, ligada aos nossos sentimentos, e o espírito, que tem
consciência e possui o conhecimento de Deus. O Antigo Testamento não faz muita
distinção entre alma e espírito:
“E formou o Senhor Deus o homem do pó da terra e soprou em seus narizes
o fôlego da vida. E o homem foi feito ALMA VIVENTE” (Gn 2.7).
O termo
espírito deriva do hebraico “ruah”, do grego “pneuma”, do latim “spiritus”,
e significa sopro, hálito, vento, princípio de vida. Logo, nossa parte
imaterial ou espiritual foi formada de uma parte da essência (do sopro) de Deus
(Ez 3.19; Pv 23.14; Sl 33.19). No Novo Testamento, vemos alguma
distinção entre alma e espírito:
“A minha alma engrandece ao Senhor, e o meu espírito se alegra em Deus,
meu Salvador” (Lc 1.46-47).
Outras
referências: Hb 4.12; 1 Ts 5.23.
Jesus disse: “Pai, em tuas mãos entrego o meu espírito” (Lc
23.46).
A verdade é
que o homem possui uma parte material (o corpo) formado do pó, e uma imaterial,
formada do sopro de Deus. Quando esta parte imaterial se relaciona com a carne
(sensações, emoções, vontade), chama-se ALMA; quando serve de ligação com Deus,
chama-se ESPÍRITO. Admitimos que alma e espírito são inseparáveis e
imortais, com funções distintas no corpo.
O nosso
destino é o céu. Quanto ao "Seio de Abraão", é uma expressão
que se traduz como paraíso. "Os judeus, quando tomavam as suas refeições,
recostavam-se em leitos, apoiando-se cada um no seu braço esquerdo, e desta
forma podia-se dizer que o seu vizinho próximo se reclinava no seu seio (v.
Jo 13.23). Portanto, o seio de Abraão, sendo este o pai da raça hebraica,
significava uma situação de grande honra e bênção depois da morte (Lc 16.22)”.
Na parábola do rico e Lázaro (Lc 16.19-31) Jesus usou essa expressão -
Seio de Abraão - para designar paraíso. Em 2 Co 12.4, paraíso e céu são
sinônimos. Paulo disse que gostaria de morrer logo e seguir rumo ao céu, para
estar com Cristo; ao ladrão na cruz Jesus disse: hoje estarás comigo no
paraíso. Não devemos nos preocupar com essas questões escatológicas. Prefiro
dizer que iremos para o céu. Moisés e Elias apareceram a Jesus em Sua
Transfiguração. Compreende-se que estivessem, já, gozando das delícias do Céu.
A Bíblia diz que Elias foi elevado ao céu num redemoinho.
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